O FERA (Fórum de Estudos e Recursos Avançados em Medicina do Trabalho) tem como objetivos:
• Promover, desenvolver e divulgar: Trabalhos científicos, Defesas de tese (Dissertação de mestrado e doutorado) e Artigos com foco na M. do Trabalho;
• Disponibilizar para o Médico do Trabalho e outros profissionais, uma biblioteca virtual focada no assunto, divulgando e promovendo livros no campo da Med. do Trabalho;
• Bimestralmente fazer uma oficina online, com transmissão em tempo real por videoconferência (Live), envolvendo temas atuais de Medicina do Trabalho, com interação com o usuário;
• Promover a discussão de casos clínicos (Debate com presença de renomados mestres e pesquisadores da Medicina do Trabalho) abrindo espaço para a participação do usuário;
• Tire suas dúvidas ao vivo, com envolvimento de diversos assuntos da medicina do trabalho.
17/01/23
A Dra. Meyre Morato é a FERA da vez.
Confira abaixo a excelente explanação da nova Lei nº 14768 de 23/12/23
Dra. Meyre Morato (Otorrinolaringologista | Médica do Trabalho | CRM-PE 15382 | RQE 3496 e 4735)
Clique AQUI para baixar os slides utilizados pela Dra. Meyre.
E-book: Trabalho, Saúde e Barbárie Social – Pandemia, Colapso Ecológico e Desenvolvimento Humano.
Organizadores: Giovanni Alves e André Luis Vizzaccaro-Amaral. Colaboração: Prof. René Mendes.
Baixe o E-Book aqui
Assinatura do novo contrato com a Editora Atheneu . É a terceira edição do livro Planejamento e Gestão do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional com ênfase na Clínica Médica Aplicada a Medicina do Trabalho.
Na foto, Prof. Jorge Teixeira e o Diretor Presidente da Atheneu, Dr. Paulo Rezinski.
O INQUALIT em nome do Prof. Jorge Teixeira, vem por este parabenizar a todos os MÉDICOS PERITOS pelo dia 04 de Dezembro
EU QUERO HOMENAGEAR VOCÊ NESTE DIA DO PROFESSOR
Prof. Jorge Teixeira
Não há professor sem aluno.
Não há vida sem ensino, educação e cultura.
Não há paz, sem a santa luta por melhores dias.
Você foi meu aluno? Quando? No REVISAÇO? Na cursinho pré-vestibular…? kkk…Quantas histórias pra contar !!!
Ainda posso citar os remanescentes das turmas da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, da Gama Filho e depois na UERJ.
Andei pelo Brasil, desbravei cidades como um bandeirante que buscava o ouro da Medicina do Trabalho…
Já são muitos anos…
Você foi meu aluno na pós graduação? Da São Camilo ou do CENBRAP?
Quanto orgulho eu sinto de você.
Hoje o INQUALIT se curva diante do seu sucesso…Parabéns !!!
Parabéns para todos que andaram por esta estrada encantada, alunos, ex-alunos, médicos de grandes empresas, diretores de instituições governamentais e não governamentais, residentes, PRESIDENTE DA ANAMT…
Todos e todas que um dia andaram ajudando na minha felicidade: a sala de aula.
Parabéns alunos e ex-alunos do Jorge Teixeira e do INQUALIT, pelo dia do professor. – 15 de outubro
Novas Atualizações em Normas Regulamentadoras e Políticas Públicas: Um Marco para a Segurança e Participação Social no Trabalho
Em uma série de atualizações significativas, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou recentemente a Portaria MTE Nº 342 e a Portaria MTE Nº 344, ambas de 21 de março de 2024, juntamente com um Aviso de Tomada Pública de Subsídios. Estas mudanças representam um avanço importante na legislação trabalhista brasileira, visando não só aprimorar a segurança e saúde dos trabalhadores em diversos setores, mas também fomentar a participação popular na formulação de políticas públicas.
Entendendo as Portarias e Suas Implicações
A Portaria MTE Nº 342 traz alterações cruciais nas Normas Regulamentadoras NR-01 e NR-31, que tratam, respectivamente, das Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais e da Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. As modificações enfatizam o direito do trabalhador de recusar-se a executar atividades que apresentem riscos graves e iminentes para sua vida ou saúde, além de garantir proteção contra retaliações por tal recusa. Essa medida visa não apenas reforçar a segurança no ambiente de trabalho, mas também promover uma cultura de prevenção e cuidado mútuo entre empregadores e empregados.
Por outro lado, a Portaria MTE Nº 344 foca em atualizações ainda não detalhadas neste artigo, mas que, assumidamente, seguem a mesma linha de fortalecimento das normativas trabalhistas e de saúde ocupacional.
A Importância da Tomada Pública de Subsídios
Paralelamente, o Aviso de Tomada Pública de Subsídios representa um chamado à participação ativa da sociedade na elaboração e revisão de políticas públicas relacionadas ao trabalho. Este processo permite que cidadãos, entidades e outros stakeholders contribuam com sugestões, críticas e apoios às iniciativas governamentais, assegurando que as políticas desenvolvidas reflitam as necessidades e expectativas da população.
Por Que Isso Importa?
As recentes atualizações introduzidas pelas portarias do MTE e o incentivo à participação pública na formulação de políticas são passos significativos para a construção de um ambiente de trabalho mais seguro e uma sociedade mais engajada. Além de reforçar a importância da saúde e segurança no trabalho, essas iniciativas promovem a transparência e a democracia participativa, elementos fundamentais para o desenvolvimento sustentável e inclusivo do país.
Conclusão
As atualizações trazidas pelas Portarias MTE Nº 342 e Nº 344, juntamente com o Aviso de Tomada Pública de Subsídios, marcam um período de evolução nas práticas de segurança laboral e participação cidadã no Brasil. Ao fortalecer o diálogo entre governo, trabalhadores e a sociedade civil, essas medidas não apenas promovem um ambiente de trabalho mais seguro, mas também reforçam o tecido democrático da nação.
OPINIÃO
Saúde – Trabalho – Ambiente – Direitos Humanos & Movimentos Sindicais e Sociais.
Existe “Trabalho saudável”?
Reflexões Sobre uma Mescla de Desiderato, Utopia e Falácia
René Mendes – (Médico e Professor, Diretor Cientifico do ABRASTT (Associação Brasileira de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora). Pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP).
Têrmo à primeira vista agradável, alegre e leve – para não dizer leviano – a conceituação de “trabalho saudável” talvez seja mais complexa e difícil do que o imaginado, posto que cheia de armadilhas, já que o termo encerra, em si mesmo, uma contradição que não é neutra; que parece ter sido intencionalmente construída; tem forte apelo ideológico; e combina valores religiosos, com discursos eufemísticos e alienantes. Assim, num primeiro momento, o termo “trabalho saudável” pode ser entendido de forma literal e acrítica, e sem desconfiança, e então ele significaria o que filólogo Houaiss ensina em seu Dicionário: “saudável: o que é bom para saúde, salutar, que beneficia que é positivo, que é favorável…”. Pode até ser verdade, e essa mensagem faz parte de ensinamentos religiosos, principalmente cristãos protestantes. Por outra via, esta ideia passou a fazer parte do rol dos “determinantes sociais de saúde”, isto é, dos modelos hegemonicamente adotados e disseminados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Num segundo momento, e vinculado à “Um processo continuo de melhoria da qualidade de vida no trabalho, da saúde e bem estar de todos os trabalhadores, através da melhoria do meio físico, psicossocial, organizacional e econômico, e do crescimento e empoderamento pessoal (…) É uma empresa de organização que se orienta pelo processo de melhoria continua das condições de saúde de vida de seus trabalhadores, considerando também, as necessidades de desempenho e competitividade próprias da atividade. Através da efetiva participação dos trabalhadores em todas as fases do processo produtivo, busca a eliminação ou controle dos fatores de risco para a saúde no trabalho, sejam ambientais, econômicos, organizacionais, psicossociais, biológicos, de natureza individual e do meio-ambiente geral, visando o bem estar geral dos trabalhadores. “ (Dias & Mendes, 2002 – negritos introduzidos)”.
Passados 17 anos, e encerrando esta breve reflexão, eu tenderia a confirmar esta conceituação – talvez “proposta” e “projeto” – principalmente dos trechos negritados, porém hoje o faria com menos ilusão de que tais prescrições sejam capazes de tornar o trabalho “saudável”, ou “mais saudável”. E o faço agora, questionando, de um lado os sentidos e significados que o trabalho passou a adquirir na lógica capitalista; de outro, me perguntando sobre a quem serve o discurso (ideologia) do “trabalho saudável”? Não seria uma “glorificação” de conveniência, mantenedora do status quo capitalista, inibidora e retardadora de agendas de mudanças estruturais – econômicas e políticas – mais ousadas e profundas? (Gasda, 2011; 2014)
Da Medicina do Trabalho à Saúde do Trabalhador.
Desafios e Oportunidades Atuais.